Desde o início até meados do século passado os geneticistas e químicos se questionaram sobre a natureza química do material genético. Das pesquisas desenvolvidas, surgiu a conclusão de que o DNA era a molécula que armazenava a informação genética e, em 1953, sua estrutura química foi desvendada no clássico trabalho de Watson e Crick.
Na segunda metade da década de 90, com o surgimento dos seqüenciadores automáticos de DNA, houve uma explosão na quantidade de seqüências a serem armazenadas, exigindo assim recursos computacionais cada vez mais eficientes. Além do armazenamento acontecia, paralelamente, a necessidade de análise desses dados, o que tornava indispensável à utilização das referidas plataformas computacionais para a interpretação dos resultados obtidos.
Como na evolução da genética também houve a evolução da informática o que fez com que surgissem diferentes áreas de estudo e técnicas. Foram criados inúmeros grupos de pesquisas para serem usadas na bioinformática nas mais variadas aplicações como: Simulação em ambientes virtuais de organismos semelhantes aos reais analisando o seu comportamento e obtendo resultados antes só adquiridos através de testes feitos com organismos reais.
O estudo do seqüenciamento genético foi o grande propulsor da bioinformática, surgiu da necessidade da integração de varias ciências dentre elas a informática que desempenha função fundamental nessa ciência. Na bioinformática são utilizadas técnicas de inteligência artificial tanto para fazer analises de dados quanto para tomadas de decisões.
Figura 1: O Dogma Central da Biologia Molecular
Uma das características mais deslumbrantes ocorrida nos últimos 10 anos, de projetos e consórcios destinados a compor o genoma completo dos mais diversos organismos, foi o estabelecimento de abordagens e tecnologias que permitiram um estilo “linha-de-montagem” na obtenção, em tempos cada vez mais curtos, de quantidades industriais de seqüências de ácidos nucleicos (DNA e RNA).
Bioinformática no Brasil
No Brasil a bioinformática teve o seu inicio com a vinda de Neshich de origem sérvia, segundo Gerhardt (2001), que foi o idealizador do projeto BBNet (BrazilianBioNet), uma rede de usuários da bioinformática, formada em 1992, que propiciou os primeiros contatos de cientistas brasileiros a programas de análise de seqüência de DNA de forma gratuita, por intermédio de um servidor da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O elevado número de informações geradas todos os dias pelo mapeamento de genes necessitam ser armazenadas de forma sistemática em bancos de dados computacionais, servindo de base para estudos médicos e biológicos através da Bioinformática.
Referências
[1] AB3C, Associação Brasileira de Bioinformática e Biologia Computacional. Incentivo a Compreensão da importância da Biologia Computacional no Brasil e na América Latina. Disponível em: < http://www.ab3c.org/>.
[2] http://www.cnptia.embrapa.br/files/agrinforma04_06.pdf
[3] http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio29/bioinf.pdf
[4] Programa para o alinhamento múltiplo de seqüências
Acesso on line - http://www.ebi.ac.uk/clustalw/
Download do clustal X para diversas plataformas:
http://inn-prot.weizmann.ac.il/software/ClustalX.html
[5] Prosdocimi F et al. Clustering of Schistosoma mansoni mRNA sequences and analysis of the most transcribed genes: implications in metabolism and biology of different developmental stages. MemInst Oswaldo Cruz 97: 61-69. 2002.